segunda-feira, 8 de março de 2010

Por mar dentro


Dá-me a tua mão, eu não te vou deixar. Estás a ver o mar? Não, não olhes. Esconde os olhos, eu dou-te a minha mão. Consegues ver agora? Sim, é algo que nos ultrapassa, portanto não tentes capturar o momento, vive-o. Estamos a entrar mar dentro, não tenhas medo, estou aqui. Já podemos falar, aqui ninguém nos vai ouvir. Não há segredos, não há medos, só estamos nós. Porque sorris? Tantas foram as vezes que já estivemos assim.

Estou tão assustado, não sentes o mesmo? Sem querermos damos tanto um ao outro, até mesmo o que não queremos dar. E o cuidado? Onde está o pensamento e a opção? Afogaram-se, e só o impulso conta. E que impulso tão puro é este. Os traços na tua face já me contaram tudo, não vale a pena a tua tentativa de fuga. E que bom que é estar assim contigo. Lembras-te de tudo o que não te disse? É tudo mentira, porque só se torna verdade quando sou eu a dar-to.

E neste mergulho, nada mais foi mais que nada. Porque os meus olhos já estão molhados, e esta realidade não me vai realizar em nada.

P.S - não me largues a mão, a vida são segundos.

5 comentários:

  1. Texto magnifico meu puto @@
    /Joao.h :)

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  2. Muito lindo :') +.+

    /Joca

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  3. Brutal...
    Continua, porque os segundos estão contados.
    Trincas

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  4. Que orgulho joão ! Força *
    Laura Fontoura.

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  5. por que sabe tão bem ir quando temos os dedos entrelaçados nos dedos de alguém?


    beijinhos*

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