O vazio enche-nos e o nada torna o pouco muito. O silêncio é uma melodia e nisto, todo o sussurro nos chega ao ouvido como um grito violento. Aqui, a solidão não nos deixa de todo sós, mas sim aconchegados com nós mesmos. A única orientação é a luz do dia e o brilho da noite, o tempo simplesmente não existe. A vontade de mudar é pouca, pois tudo é igual no campo da aparência. Já a percepção de tudo o que nos rodeia depende de cada um de nós.
Os campos, no fundo, são meros espelhos. Neles, encontramo-nos e conhecemo-nos. A influência não existe e só o que é puro nos influencia. Estamos longe de tudo, menos de nós próprios e, no fim, assustamo-nos com aquilo que realmente somos. Preciso de me deitar no campo.
Quero o verde que me define e o ar puro que me influencia. Quero o tempo longe de mim e o céu como tecto. Quero o campo, e só o campo.